quarta-feira, 8 de abril de 2009

Yes


Yes (x14)
If you can't decide what to do with your life
You just don't know what it is that's right
If you just don't know what to do
You just don't know what's right for you
If you can't decide where to go with your life
You just don't know where to spend your time
If you can't decide where to go with your life
I'm sure you'll do whatever is right
I've always known you were incredibility bright
Get in your go-kart and go little sister
Get it your go-kart and go
Get in your go-kart and go little sister
Get it your go-kart and go
Get in your go-kart and go little sister
Get it your go-kart and go
Get in your go-kart and go little sister
Get it your go-kart and go
And then swing your swift sword sister
Swing your swift sword now
Swing your swift sword sister sister
Swing your swift sword now
Swing your swift sword sister
Swing your swift sword now
Swing your swift sword sister sister sister

Morphine

A vida transformada na palavra «sim». Querem vir dormir a minha casa? Sim. Querem vir visitar a minha tia que acabou de dar à luz? Sim. Querem vir ao Magal de Touba? Sim. Querem guiar este Peugeut 404 entre Banjoul e Nouakchott? Sim. Queres dormir comigo? Queres mesmo dormir comigo? Sim. Querem vir pescar connosco? Sim. Queres casar comigo? Levas-me para a Europa? Queres construir uma casa para ti? Dou-te esse terreno que aí está…

Demanda por um certo tropicalismo do ser, Arqueologia da Terra do Nunca, soterrada num aterro pelas camadas geológicas da moral e da educação. Aprender a dizer sim. Não é isso que todos estes europeus vieram aqui fazer?

Mergulha-se num campo de batalha de obuses-perguntas, mas nós sem mais munições de «sins» para responder a tanto poder de artilharia, bebendo água para olear as espingardas-vocais.

Neste palco de guerra, está tudo em rota de colisão, todos a precipitarem-se para cima uns dos outros, baionetas de emoções empunhadas, e nós olhamos para o relógio – porque não sabemos fazer mais nada – e explicamos que temos que bater em retirada. Estamos com pressa, disparamos nãos-gentis, balas-cravos como no 25 de Abril, porque nos esperam noutras batalhas fingidas.

- Gostava muito, a sério, dar-me-ia o maior prazer, mas já tenho um encontro marcado.

Cumprimos agendas – fazemos amor aos sábados de manhã, que nos outros dias estamos cansados e nas manhãs seguintes temos que acordar às 7:30 – em lugar de sei lá o quê.

E, no entanto – como diz Nietzsche em “Além do bem e do mal” – os «sins» orgásmicos, despidos de todas as constrições sociais são essencialmente nossos: a anarquia, a arte abstracta, a dança sem música, a música atonal ou dissonante, as espirais dialécticas que nos corroem o espírito.

«Sins» puros, ou sintomas de «nãos» reprimidos?

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